domingo, 30 de julho de 2006

[danç]arte no coração.*


há pequenas coisas que, à medida que se vão absorvendo na ausência dos dias, engrandecem de modo irremediável.


digo-o com letras pequeninas porque a palavra é tão grande e assusta tanto e dói e mói e entretanto pode ser que te percas neste polissíndeto interminável que me ajuda a fugir para longe, bem longe daqui, onde o amor levita e faz dançar os pés longe do chão.



gracias a tu cuerpo doy por haberme esperado

tuve que perderme pa’ llegar hasta tu lado

gracias a tus brazos doy por haberme alcanzado

tuve que alejarme pa’ llegar hasta tu lado

gracias a tus manos doy por haberme aguantado

tuve que quemarme pa’llegar hasta tu lado


[lhasa, Pa'llegar a tu lado]

.*hífen omitido propositadamente.

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