quarta-feira, 29 de março de 2006

caixinha cor-de-rosa.


tenho uma caixinha cor-de-rosa

onde guardo um antigamente sorridente
pendente
tenho uma caixinha cor-de-rosa
onde sou bailarina de música muda
surda
tenho uma caixinha sem côr, com dor,
de um rosa já apagado, de madeira trabalhada a ferro, a fogo
trabalhada a fome de fruto não fugaz
trabalhada a sede de som de silêncio
fechada a sete segredos,
sete chaves que dançam tempos felizes.

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