*parabéns, mafaldinha!
terça-feira, 29 de setembro de 2009
while you wait for the others.*
os dias parecem uma enorme sala de [longa] espera.
*grizzly bear.
fotografia do andar de baixo que,
tal como este, vai ser demolido não tarda nada.
fotografia do andar de baixo que,
tal como este, vai ser demolido não tarda nada.
small cut sensations.*
muito rapidamente, de novo, para não ensaiar palavras: no domingo, pensei que o outono tinha caído no meu colo, quando entrou pela janela do carro; sonho todos os dias com pássaros mortos e gostava que me explicasses porquê; quero muito comprar um corpo de ensaio e erro — acho que este se estragou; fiquei a saber que também nunca vou ser do tipo de rapariga cujos cabelos esvoaçam de forma perfeita ao som do vento; descobri, também, que vou sempre sentir-me viva nos abraços desfeitos de almodóvar, por mais que os caminhos sejam traçados da mesma forma; também acho que devia haver uma disciplina que obrigasse os alunos a estudar certos filmes; comprei mundos antigos por dez euros e pensei como seria bom comprar os novos a esse preço; comprar os novos já era bom, na verdade; acordo todos os dias a pensar em aprender uma coisa nova, para não ver à lupa aquilo que não consegui aprender (acho que se chama "esperar", mas não tenho a certeza); no autocarro que apanho todos os dias, o setecentosevintesete, há um senhor que faz listas de tudo, com uma letra muito perfeitinha: jornadas de futebol, playlists de rádios, dados percentuais do que quer que seja, compras, programações televisivas; lembrei-me que gosto de fazer listas, mas nunca em andamento, porque a letra não fica perfeitinha. o problema será sempre esse: a letra não ficar perfeitinha.
*jong pang.
fotografia d'aqui.
sábado, 26 de setembro de 2009
sábado, 12 de setembro de 2009
today is the day.*
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
a fuga das palavras.
reza a história de que ela não deixava que as palavras passeassem na língua. era uma infracção muito grave deixar que elas permanecessem entre dentes durante um longo período de tempo. um dia, ela abriu a boca, num gesto de justiça, e as palavras fugiram. foi uma para cada seu lado, accionando o alerta de verdade-maior. assim que soou o alarme, afastou-se a maior parte dos ouvidos alheios e os que estavam mais próximos chegaram a ensurdecer. não ouviam nada. e como não sabiam ouvir, invertiam o gesto: falavam. falavam muito e de forma imperceptível. as palavras não se importaram. continuaram a ecoar nesses ouvidos moucos e foram felizes para sempre.
*foto retirada do peixe estranho, com o aval da plastessina.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
terça-feira, 1 de setembro de 2009
there's no place like home.*
quando encontramos a nossa casa na caixa do correio.
*não preciso de dizer de onde foi retirado, pois não?
this is not about love.*
a história da minha vida: esticar o corpo e, sobre pés trémulos, tentar chegar ao que está ali, mesmo ao lado da prateleira mais perto do impossível.
imagem de pushing daisies (2007).
*fiona apple.
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