A mãe Dulce, parte I.
Hoje em dia, a narrativa é simples e abrangente: qualquer mantra nos diz que devemos pôr-nos em primeiro lugar. Os meus dias foram, no entanto, escritos ao contrário. A lição que me deram, não obstante o feminismo e a luta de classes que se (me) tornaram cartilha, foi fazer sempre o melhor pelos outros. Essa lição — e o exemplo — é dela. Da minha mãe*. A pessoa que menos pensa nela (e não estou a exagerar!), que mais faz pelos outros. Que tanto — mas tanto! — merece mais do que tem. É-me difícil ser sempre menos. Mas é fácil perceber por quem farei sempre mais.
*e do meu pai Horacio, óbvio. São, e serão, indissociáveis em tudo. No amor e no exemplo.

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