segunda-feira, 4 de agosto de 2008

do assalto às palavras.


há poemas que precisam de ser assaltados, como casas que guardam histórias.

roubei palavras de casa alheia, para sentires o assalto no teu corpo.





[enraizar no corpo súbitas esperas



na minha mão ainda o calor de um corpo inteiro



perdi os gestos e com os ruídos da manhã

confundo-te com os móveis

sem tocar em nada

abro as janelas para apagar o cheiro a pele



quais são as palavras certas para separar dois corpos?]




poema de maria sousa.
fotografia de snjezana josipovic.