terça-feira, 9 de dezembro de 2008
and this is my skin I feel.*
disse-me, partindo do seu aniversário, que não ia sobreviver aos dias pesados do ano que se avizinhava. os anos que contava agora coincidiam com a data de nascimento dela. vinte e sete. era uma dor numérica. objectivamente insuportável. desenhada no dois e no sete, a ferida reabria-se a cada dia do ano que ali irrompia. disse-lhe que há dores piores, não me lembrando, no momento, de nenhuma. mas há. vejo-a, essa dor maior. a ferida que não é numérica, mas cicatrizada, sobre a pele. a que não se distingue por nenhum pormenor. está lá, apenas, a relembrar-lhe como poderia ter sido se.
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2 comentários:
esta fotografia impressionou-me em there's only one alice, impressionou-me novamente na tarte de rabanete e agora ainda me vem impressionar para a couve-flor... que persseguição!!!
[e o texto, o texto está tão lindo!!!]
23.
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