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Imaginem.
Imaginem: sair de casa, saudar timidamente o céu, quebrar a rima dos olhares, casaco bem abraçado à cintura, canções a bailarem no ouvido, sobrepostas com as cantigas da rua, enquanto o peito se aconchega no medo, olhos na meta e raiva nas pernas, ritmadas pelos passos, pelas pressas, pelo preço que se paga por se ser mulher. Imaginem.
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