respirar uma noite construída em inícios do século XX, de som alto a perfurar o peito; a música a entrar e a ficar e a pedir para que permaneça como âncora em tempos agrestes.
era a vida a espelhar-se nos refrões cantados e eu a sussurrá-la para mim - baixinho, porque ninguém pode saber como sou prisão, como o nada bate a porta, que me lembro morte e sorte, como encarnas revolução, como és tudo o que eu vejo, como o dois (não) veio depois.
e é o regresso à vida impedida, à vida sem ti e sem ela, sem ele e o outro. sem mim.
de repente o assunto é assunto e tu mergulhas bem fundo, fugindo do amor. cá estarei no fim dessa espera até ao tempo do que era e não volta a ser.*
*pluto, convite.
fotografia de maria do carmo.
fotografia de maria do carmo.
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